19 de abril de 2024

Vento do Leste (1970)

Reflexões sobre um filme de Jean Luc Godard. Vento do Leste deve ter esse nome pelos ensinamentos que o comunismo vindo do Oriente, de Chinas ou Soviéticas poderiam passar. Há uma participação do brasileiro Glauber Rocha quando evoca-se o pensamento sobre como é o cinema no terceiro mundo e como se pode tentar superar a representação, essa espécie burguesa.

Também gostei do filme da crítica ao cinema de Hollywood, que vende cavalos falsos como mais verdadeiros que os verdadeiros cavalos. Mostra indígenas falsos trazendo uma representação no público que os falsos sejam muito mais verdadeiros que os verdadeiros. E assim cria mitos políticos de ideologia soberana e imperialista. Os norte-americanos bonzinhos, financiadores e emancipadores. Como no filme Guerrilheiros nas Filipinas, de Fritz Lang, que mostra o grupo norte-americano bonzinho ao libertar entre aspas as Filipinas dos japoneses durante a segunda guerra.

A segunda guerra. O terceiro mundo. Coisas difíceis de entender?

Vim aqui só refletir que:

Sem a revolução estamos condenados a comemorar pequenas vitórias enquanto o mundo se afoga em um atoleiro de merda.

O marxismo resumido em última instância à frase declarada: temos razão em nos revoltarmos. 

O filme anuncia os inimigos das revoluções preteridas à época: combater os donos das produções e os revisionistas que insistem em brecar os ares da mudança e em protegê-los.

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