29 de agosto de 2016

Nunca colocam o close na educação

Na mesma semana, David Coimbra colocou com sua assinatura que "O Estado pode sonegar até educação; segurança, não".

Já o comunicador Alexandre Fetter leu carta aberta em seu programa e disse que "Para mim, que gente assim (jornalistas de opinião contrária a ele) sejam as próximas vítimas, que sejam eles a sangrar e deixar suas famílias enterradas”."

Gente, eles pregam uma forma de resolver DE UMA HORA PARA OUTRA um problema de décadas nas periferias, que só se tornou esse desespero todo AGORA porque bateu na porta da classe média e das mais altas: morte nas comunidades mais pobres sempre existiu por violência, por tráfico, mas não tem apelo, não é noticiada, não gera comoção ou a mesma indignação. Quase nunca houve preocupação do Estado em combater isso.

Nesta segunda-feira, o Jornal Hoje, da Globo, destaca uma família morta em um condomínio de luxo no Rio de Janeiro. Foi chamada na abertura do jornal. Jamais abririam esse espaço de inquietação, investigação para morte de pessoas pobres na favela. E repito: as pessoas de favelas, periferias sempre conviveram com a violência, sem aportes ou subsídios do ~~Estado que pode sonegar até educação, segurança, não~~.

A educação, neste processo todo, que começou e perdura por décadas e décadas, sempre foi a saída ou redução das desigualdades e de tantos problemas sociais comuns de norte a sul do Brasil. A educação de base: das creches, do começo e fim do fundamental, do ingresso no ensino médio e finalmente no superior.

O posicionamento desses comunicadores está muito errado. Eles são do mesmo grupo de comunicação.