28 de outubro de 2013

Capitalismo x Mães

Pergunta: O capitalismo e a pressão imposta pelo sistema, com o estresse gerado no cotidiano, formam piores mães? A dificuldade para criar crianças nos dias de hoje é um perigo maior do que antigamente?
A rotina maçante pode acarretar em mães que não conseguem conciliar a vida profissional com a de quem tem o papel de desenvolver a cidadania em um ser. O resultado dessa preocupante realidade do século XXI é a ocorrência de maus tratos e a rejeição sobre os filhos, dentre outros fatores.
Enquanto o mundo feminino, unido em marchas e protestos pelos direitos das mulheres, avança em questões como a igualdade salarial, deixa para trás as condições fundamentais para a criação dos pequenos descendentes.

19 de outubro de 2013

Tédio

Na conversa, matei-a de tédio. Assim, o que veio na sequência só poderia ser classificado como estupro.

18 de outubro de 2013

Augusto Cury

A vida é um grande e completo texto, que precisa de muitas vírgulas para ser escrito, ainda que essas vírgulas assumam em alguns momentos formatos de lágrimas.
- Augusto Cury.

Essa é a frase que me surgiu por meio de uma postagem de uma (des)conhecida pessoa no facebook. Aparenta nada de mais, apesar de ser uma bela citação. A questão envolvente é que formulei uma frase utilizando as mesmas metáforas do escritor. Isso coincidentemente na noite anterior, quando nem o conhecia. Sobre a frase de Cury, idem. Não fazia ideia da existência.


A minha formulação da noite anterior foi a seguinte:
"As vírgulas mal colocadas durante o dia no texto chamado vida é que não me deixam dormir na madrugada."

Dessa forma bizarra e surpreendente, passo daqui em diante a procurar frases e trabalhos desenvolvidos por Augusto Cury. Desde já, aprecio o uso de metáforas do autor. hehe

16 de outubro de 2013

Primavera


Escolhemos despreocupadamente e sentamos foi mesmo ali, em frente ao Guarany. Lado a lado, meio fio, em frente ao 7 de Abril. O movimento na rua era mínimo e os batimentos do coração eram constantes. Chutei para adiante uma lata vazia de refrigerante. Inclinamos os corpos para trás, nucas a tocar o solo. Travessura sem travesseiros. Ignoramos a sujeira da calçada, pois o céu estava limpo. Olhei para a esquerda, para o par de olhos mais latino em que me aprofundei. Novamente mirei o céu e o teto de estrelas compunha o cenário em que eu era o ator da vida real. Naquele raro momento, mais perfeita do que a ficção, em meu mais brilhante papel. Estiquei o braço ao alto, o máximo que pude. Catei do bazar de astros uma estrela e emaranhei-a nos cabelos dela. Ela não se mexia, confiava na minha ação, mas pareceu desconfiada do resultado. Reagiu como uma debutante que experimenta um vestido. “Ficou bonito?”, perguntou. De prontidão, respondi: Tão bela como agora é. É primavera.

A Teia

A TEIA DOS ANTI ATEUS

6 de outubro de 2013

1berto Gessinger


Grande show na noite de 5 de outubro, no Theatro Guarany, em Pelotas. Apresentação foi de Humberto Gessinger, com músicas de seu novo projeto, acompanhadas das antigas canções conhecidíssimas do público, dos tempos de Engenheiros do Hawaii. A julgar pelo preço do evento, os que foram ontem ao Guarany estavam realmente dispostos a ver o alemão cabeludo em sua performance, ou seja, as letras para participar em coro não foram problema.

O portoalegrense ocupou o palco na parceria com o guitarrista Esteban Tavares, de Camaquã, e o baterista Rafa Bisogno, de Santa Maria. Confesso que quando Gessinger anunciou o sobrenome do batera, achei que tratava-se de um adjetivo (pela pronúncia bisonho).

Ecoaram no antigo Theatro pelotense hinos de outras épocas, como Toda Forma de Poder, Piano Bar, Pra Ser Sincero e Dom Quixote. Entre os trabalhos ainda pouco conhecidos da multidão, do recém lançado disco Insular, destaque para Bora e Tchau Radar, esta segunda em que Tavares justificou completamente sua "contratação" no prestigiado time do engenheiro havaiano.

Encerrado com Infinita Highway, o show desperta uma angústia em que o desejo de que também fosse infinito prevalece. Ao mesmo tempo, o sentimento de que a ocasião especial é proveniente da raridade de uma apresentação tão bem executada, tão ansiosamente aguardada desde muitos dias atrás, desde a compra online do ingresso e da espera, minutos antes, com as pernas inquietas na poltrona do theatro. Dessa forma, permanece desde já a saudade do líder dos Engenheiros do Hawaii e a renovada esperança de que em outro dia, um outro belo dia, Humberto volte para Pelotas, ao palco do Guarany.

5 de outubro de 2013

Você

Você é boa demais para ser verdade, mas perfeita demais para ser mentira. Quem mentiria tão bem?

3 de outubro de 2013

Insônia

O que eu vejo de olhos fechados é o que você vê no espelho. Eu agora com os olhos vermelhos dessa noite que não dormi. Essa noite eu passei em claro. Porque eu passei pensando em ti.

1 de outubro de 2013

Emetevê

      Ontem, 30 de setembro, a MTV Brasil encerrou suas atividades após praticamente 23 anos no ar. Durante minha infância, em determinadas épocas, entre meus 9, 10, 11 e 12 anos, foi a ou uma das emissoras que mais captava minha audiência. A programação musical, que me permitiu tomar conhecimento de diversos artistas e bandas, juntamente com o entretenimento, em programas como o Rockgol, eram o ápice das minhas estadias frente ao televisor.
         Bem verdade que os últimos tempos da moça MTV estavam pouco atrativos ao meu ver. Os apresentadores, chamados de VJs, com os quais tive os primeiros contatos, deixaram a emissora para seguir ramos jornalísticos ou de puro entretenimento em outros veículos. O próprio conteúdo musical ficou deficiente, de acordo também com a queda brusca na qualidade dos artistas contemporâneos. Cresci com constantes aparições de videoclipes de Linkin Park, Green Day, The Offspring, Beastie Boys, Pitty, Red Hot Chili Peppers, Foo Fighters, Detonautas, Blink 182 (...). Bandas que, ou desmancharam-se ao longo dos últimos períodos, ou tiveram relativa decadência no que produziam. Também ocorre de perderem espaço, em virtude do surgimento de outras atrações, em ampla maioria inapropriadas aos meus ouvidos (e olhos).
          Termina minha relação com a MTV Brasil de forma melancólica e nostálgica. Não posso negar que meu envolvimento com a mesma já não era um relacionamento sério havia alguns anos, mas, ao mesmo tempo, é triste despedir-se de vez de uma emissora muito contribuinte na minha formação, principalmente na matéria de gostos musicais. Além de ter sido, em diversas oportunidades, porta de entrada para o humor, como os Barbixas acompanhados de Marcos Mion no Quinta Categoria de 2009. Qualidade humorística não mais atingida nas temporadas seguintes, após a saída desses apresentadores.
          Apesar de distanciar-me do canal, não pude deixar de observar seu término com a chegada da meia-noite e do mês de outubro. A tela azul e a mensagem do encerramento oficial de suas atividades perpetuou o drama. Penso que a emissora poderia ter deixado de existir anteriormente e não me faria falta. Velho engano baseado na leia de valorizar só após a perda. Porém, de cabeça, erguida e acrescentando a hashtag colocada pelo próprio twitter de administração do canal, #FoiDoCaralhoMTV.

O Salto (Pra Onde?)

Barbada apostar a data da morte no bolão do seu próprio suicídio. Difícil é recolher a grana dos demais apostadores depois.