a vida vivida nas alternâncias
aos poucos
estar sempre em inquietude
insatisfeito
e morrerei cedo
mas paz que perdura
tampouco é a cura
tampouco viveria a vida
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19/03/2020
02/03/2020
vazio da existência (passagem)
Arthur Schopenhauer em O Vazio da Existência
"Assim, conquistar algo que desejamos significa descobrir quão vazio e inútil este algo é; estamos sempre vivendo na expectativa de coisas melhores, enquanto, ao mesmo tempo, comumente nos arrependemos e desejamos aquilo que pertence ao passado. Aceitamos o presente como algo que é apenas temporário e o consideramos como um meio para atingir nosso objetivo. Deste modo, se olharem para trás no fim de suas vidas, a maior parte das pessoas perceberá que viveram-nas ad interim [provisoriamente]: ficarão surpresas ao descobrir que aquilo que deixaram passar despercebido e sem proveito era precisamente sua vida — isto é, a vida na expectativa da qual passaram todo o seu tempo. Então se pode dizer que o homem, via de regra, é enganado pela esperança até dançar nos braços da morte!"
"Novamente, há a insaciabilidade de cada vontade individual; toda vez que é satisfeita um novo desejo é engendrado, e não há fim para seus desejos eternamente insaciáveis. Isso acontece porque a Vontade, tomada em si mesma, é a soberana de todos os mundos: como tudo lhe pertence, não se satisfaz com uma parcela de qualquer coisa, mas apenas como o todo, o qual, entretanto, é infinito. Devemos elevar nossa compaixão quando consideramos quão minúscula a Vontade — essa soberana do mundo — torna-se quando toma a forma de um indivíduo; normalmente apenas o que basta para manter o corpo. Por isso o homem é tão miserável."
"Assim, conquistar algo que desejamos significa descobrir quão vazio e inútil este algo é; estamos sempre vivendo na expectativa de coisas melhores, enquanto, ao mesmo tempo, comumente nos arrependemos e desejamos aquilo que pertence ao passado. Aceitamos o presente como algo que é apenas temporário e o consideramos como um meio para atingir nosso objetivo. Deste modo, se olharem para trás no fim de suas vidas, a maior parte das pessoas perceberá que viveram-nas ad interim [provisoriamente]: ficarão surpresas ao descobrir que aquilo que deixaram passar despercebido e sem proveito era precisamente sua vida — isto é, a vida na expectativa da qual passaram todo o seu tempo. Então se pode dizer que o homem, via de regra, é enganado pela esperança até dançar nos braços da morte!"
"Novamente, há a insaciabilidade de cada vontade individual; toda vez que é satisfeita um novo desejo é engendrado, e não há fim para seus desejos eternamente insaciáveis. Isso acontece porque a Vontade, tomada em si mesma, é a soberana de todos os mundos: como tudo lhe pertence, não se satisfaz com uma parcela de qualquer coisa, mas apenas como o todo, o qual, entretanto, é infinito. Devemos elevar nossa compaixão quando consideramos quão minúscula a Vontade — essa soberana do mundo — torna-se quando toma a forma de um indivíduo; normalmente apenas o que basta para manter o corpo. Por isso o homem é tão miserável."
12/04/2018
Crônicas forasteiras
Escrevo esta abreviação com sono e calor, para que fique registrado. Não para iniciar em tons de desculpas, mas realmente porque assim me economizo tempo de pensar em uma grande abertura. Dito e feito, pelo centro eu recordava das antigas aventuras na cidade de Cruz Alta, das quais sinto muita saudade. Ter onde investir e ir atrás. Por pouco tempo de significado que seja.
Gosto muito da figura de forasteiro. Em parte, porque gosto absurdos de viajar e conhecer novas paisagens e quiçá algumas pessoas. Essa breve troca de experiências. Por outro lado, na impressão de que os lados femininos assim também o gostam. A boa impressão da figura estrangeira e forasteira, podendo investir sem o peso do compromisso. Demonstrando boas qualidades e se ausentando antes dos estouros negativos. Podendo marcar espaço pelas peculiaridades e diferenças regionais, em experiências e conhecimento de outras causas. Essa troca cultura é deveras interessante.
O filósofo alemão Arthur Schopenhauer apontava para o direcionamento dos opostos. Ora, que maior e melhor oposição do que uma união de gente de diferentes tribos com alguns interesses e aproximações, sejam nas experiências, nos gostos ou no que desejam? Isso é ótimo. O clima de aventura, de descoberta e de marcar histórias favorece. A adrenalina de que algo possa dar errado também faz parte do imenso cenário e do imenso contexto. Poder dar algo errado na viagem em si, no conhecimento da pessoa ou nos fins experimentais. Tudo faz parte.
Se Schopenhauer apontava esse caminho a ser trilhado, que grande erro a própria Alemanha, fundamentada após no nazismo, cometia. Querer a exclusão de outros povos e a dominação de todas as fronteiras. Excluindo a diversidade, logo ela, a diversidade que tanto nos inspira e nos instiga. Um erro brutal sob todas as esferas analisáveis. Desde a crueldade na eliminação do diferente até esse ponto que encaderna nosso breve assunto de hoje.
Ah, mas sim, que saudade dessas experiências ainda alcançáveis, como é alcançável, com um maior esforço e distância de vista, a juventude que me pertence. Não tenho o mesmo ímpeto e cada bem monetário que adquiro, invisto para causas mais necessárias e urgentes, da alimentação ao transporte, consciente da dificuldade nacional dos presentes tempos. Golpe após golpe a machadadas, quem sabe reservar mais um tempo e acertar na escolha? Existem os leques que se apresentam e a escassez de saltos que podem ser feitos. Existem as escolhas e as renúncias e deve-se utilizá-las com determinada estratégia e inteligência, mas ciente da limitação dos tempos e oportunidades. Devant, camaradas.
Gosto muito da figura de forasteiro. Em parte, porque gosto absurdos de viajar e conhecer novas paisagens e quiçá algumas pessoas. Essa breve troca de experiências. Por outro lado, na impressão de que os lados femininos assim também o gostam. A boa impressão da figura estrangeira e forasteira, podendo investir sem o peso do compromisso. Demonstrando boas qualidades e se ausentando antes dos estouros negativos. Podendo marcar espaço pelas peculiaridades e diferenças regionais, em experiências e conhecimento de outras causas. Essa troca cultura é deveras interessante.
O filósofo alemão Arthur Schopenhauer apontava para o direcionamento dos opostos. Ora, que maior e melhor oposição do que uma união de gente de diferentes tribos com alguns interesses e aproximações, sejam nas experiências, nos gostos ou no que desejam? Isso é ótimo. O clima de aventura, de descoberta e de marcar histórias favorece. A adrenalina de que algo possa dar errado também faz parte do imenso cenário e do imenso contexto. Poder dar algo errado na viagem em si, no conhecimento da pessoa ou nos fins experimentais. Tudo faz parte.
Se Schopenhauer apontava esse caminho a ser trilhado, que grande erro a própria Alemanha, fundamentada após no nazismo, cometia. Querer a exclusão de outros povos e a dominação de todas as fronteiras. Excluindo a diversidade, logo ela, a diversidade que tanto nos inspira e nos instiga. Um erro brutal sob todas as esferas analisáveis. Desde a crueldade na eliminação do diferente até esse ponto que encaderna nosso breve assunto de hoje.
Ah, mas sim, que saudade dessas experiências ainda alcançáveis, como é alcançável, com um maior esforço e distância de vista, a juventude que me pertence. Não tenho o mesmo ímpeto e cada bem monetário que adquiro, invisto para causas mais necessárias e urgentes, da alimentação ao transporte, consciente da dificuldade nacional dos presentes tempos. Golpe após golpe a machadadas, quem sabe reservar mais um tempo e acertar na escolha? Existem os leques que se apresentam e a escassez de saltos que podem ser feitos. Existem as escolhas e as renúncias e deve-se utilizá-las com determinada estratégia e inteligência, mas ciente da limitação dos tempos e oportunidades. Devant, camaradas.
04/12/2017
"A morte não é o oposto da vida, mas um acontecimento complementar que a define. O homem, como vida, é um ser para a morte. Refletir sobre esta é lançar luz sobre o viver e a natureza íntima das coisas, do mundo em geral como reflexo especular da Vontade, mero ímpeto cego para a existência. Daí poder-se dizer: a morte é a "musa" da filosofia. "dificilmente se teria filosofado" sem ela. Se o animal frui imediatamente toda a imortalidade da espécie, sem qualquer angústia diante do futuro, no homem nasceu, com a faculdade racional que o animal não possui, a certeza amedrontadora da mortalidade."
Jair Barboza (1997) sobre Metafísica do Amor, Metafísica da Morte de Arthur Schopenhauer
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