Os ponteiros do relógio caminham para o meio
Eu tomo o trajeto inverso rumo à solidão
Eu não fico alheio ao sofrimento alheio
Meu sofrimento é uma bola de neve em evolução
Faz frio, aqui dentro neva e ninguém verá
Nem o verão
Contos tardios despencam como as folhas do outono
Carneiros saltam a cerca na migração do sono
Lave as mãos e o rosto e tente sorrir
Na frente do espelho
Com os olhos mais vermelhos
Do que o coração
Com a cólera que brota em ti
Como vegetação
24 de janeiro de 2016
5 de janeiro de 2016
A indústria
Há sempre a indústria
Indestrutível
Truste, tridente, terrível
Trivial
Há sempre a indústria
E a indústria anti-industrial
Sob um teto de astúcia
Alimentando um ego intelectual
Há a indústria fascista
E a indústria do brilho facial
Há a indústria carniceira
Carbonero, incêndio florestal
A indústria diz que é uma merda
Porque ela não pensou antes
A indústria diz que é distante
O que já aconteceu nesse instante
Há a indústria de Cristo
E a indústria anti-cristã
Fugir do teto da indústria
Forma a indústria do amanhã
A indústria com o prato vegano
Só pra não perder o cliente
A indústria molda o igual
Mas captura também o diferente
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