Cheguei a tempo de ver
O domingo partindo
O domingo partindo
Cheguei apenas pra sofrer
Pelas mãos do destino
Pelas mãos do destino
O anoitecer
Dobra devagarinho
E o que sobra do céu
Tem color tão divino
Tem color tão divino
Sem filtro as estrelas
Por cima das telhas
Dispostas a serem
As constelações
Escaladas a serem
As iluminações
Por cima do brilho
Dos novos lampiões
Cheguei a tempo de ver
O domingo partindo
O domingo partindo
Cheguei apenas pra sofrer
Pelas mãos do destino
Pelas mãos do destino
Cheguei a tempo de ver
A semana partindo
A semana parindo
Outra que vem começando
E num piscar de olhos
Despem-se os calendários
E já passou o ano
E já passou o ano
Sob a lua divina
Sua mudança de planos
E as aves de rapina
Nos observando
Nos observando
Aqui as aves de rapina
Elas andam em bando
Elas andam em bando
Mas cheguei a tempo de ver
O domingo partindo
Meu partido e bandeira
No anoitecer sucumbindo
A bandeira enrolada
O broche que nada diz
Pelas ruas vazias
Em zero chamariz
Aqui as aves de rapina
Elas andam em bando
Elas andam em bando
Seus ninhos pelas esquinas
Os bicos de algema
Os olhares de águia
A cegueira é sistema
Mirando e vitimando
A clara e a gema
Em mais ovos germinando
Em mais ovos germinando
A renovar o esquema
As aves que andam em bando
As aves que andam em bando
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