Durante 2023, o que mais queria em todo o mundo seria o Botafogo ser campeão brasileiro. E até pensei que esse título com meu pai seria a última coisa que eu gostaria de ter na vida. E o título não veio e eu pensava seriamente em me matar. Mas não me matei e o projeto do Botafogo retomou um rumo. Venceu não só o Brasileiro após 29 anos, mas conquistou a Libertadores da América, onde estive em Buenos Aires. E nada poderia ser maior na minha vida de entusiasta torcedor. Depois veio o fracasso no Mundial de Clubes sem direito à preparação, em uma das maiores palhaçadas já vistas. E a derrota agora na Supercopa do Brasil para o maior rival, um vice como em 1992 no Brasileiro ou os tantos vices cariocas para os desgraçados, que, a título de alfinete, levaram 6x1 no agregado do Campeonato Brasileiro 2024.
Vistos e comemorados os títulos, novas derrotas aos montes por vir, talvez algumas vitórias, o que mais esperar da vida? Hercílio Luz está muito mais próximo de não existir do que de uma conquista que relembre o bicampeonato estadual dos anos 1950. Deve ser rebaixado e minimizado a uma insignificância que ainda não havia experimentado presencialmente com ele.
Liverpool talvez volte a ganhar um Campeonato Inglês - e dessa vez com público - após 35 anos. Venceu o Inglês apenas em 2020 quando o desfecho foi sem público devido à pandemia de Covid. Então os últimos títulos ingleses dos Reds foram em 1990, 2020 e tentando a sua segunda conquista de Premier League em 2025. Muito pouco após as sequências vencedoras da cidade de Manchester e alguma graça dos londrinos Chelsea e Arsenal. Até o Leicester, brigando contra nova queda, foi campeão ali por 2015 ou 2016, não recordo.
Liverpool vencer o Inglês dessa forma encerraria um ciclo de vitórias que era conduzido pelo alemão Jurgen Klopp com Campeonato Europeu, Mundial de Clubes inédito ao Liverpool, Supercopas, duas Copas da Liga Inglesa e uma Copa da Inglaterra. Falta mais um título inglês para igualar o Manchester United e encerrar esse ciclo de diferentes conquistas por Inglaterra e planeta. E o quê depois?
Do Grêmio espero tão pouco. Quase nada. Começou bem com Gustavo Quinteros de treinador, mas se perder a histórica sequência estadual, será fritado por muitos, contra tantas instituições e arbitragens contra. O Grêmio talvez faça mais umas graças, é imprevisível, já se destacou nacionalmente e continentalmente quando poucos esperavam tanto. No estado, batalha para igualar o número de Campeonatos Gaúchos do Inter. E Gre-Nal nunca terá mais do que o rival. Ao que se tem visto, nem em títulos de base ou feminino, o que demonstra descompromisso com a história e certa pobreza na alma que uns tanto enaltecem castelhana.
O que ainda espero da vida e do futebol? Refém de conquistas recentes, alguma sede ao pote, mas o que mais? A queda do idealismo ao niilismo é sempre vertiginosa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário