Se te oferecerem uma solução fácil ou salvador para o país - desconfie.
O Brasil precisa de grandes projetos. E projetos a longo prazo. A bandeira que jamais cessarei em bater na tecla é a educação. A saída para as crises no planejamento desta para a(s) década(s) seguinte(s).
Aprender sobre o legado de Leonel Brizola é esclarecedor. É entender como ainda é tão venerado, aplaudido e citado por lideranças de suas sementes plantadas. É lamentar os rumos errôneos que seu partido tomou por diversas vezes. Os desvios de condutas e a sigla utilizada como balcão de negócios, como troca de favores para as exigências que não são a da população.
Brizola defendeu a educação e levou-a onde foi possível levar. Fez um trabalho magnífico no Rio Grande do Sul para encaminhar escolas às mais diversas comunidades rurais. Conscientizar o agricultor, o sem-terra e melhorar a qualidade de vida e a perspectiva de seus filhos e filhas. Uma marca registrada de sua passagem no governo do RS.
Em outro estado, no Rio de Janeiro, onde foi duas vezes eleito governador, Brizola trabalhou com os recursos para a construção de centenas de CIEPs - Centros Integrados de Educação Pública - que demarcaram a mudança na vida de muitos jovens. Oportunizou a alimentação digna, a orientação escolar básica, a preparação inicial para a vida e o mercado de trabalho. O caminho que se espera para recolocar um povo nos trilhos mais vindouros. A educação foi a saída para a Alemanha após as guerras, assim como o Japão e para desenvolver a China e para fazer dos vizinhos do Mercosul, Uruguai, Argentina e Chile, países mais bem organizados e com a população mais consciente de seus papeis. O IDH nesse quadro do Mercosul é uma prova a se oferecer.
Ver o Rio Grande do Sul, berço de políticas públicas elogiáveis em outrora, povo que lutou por virtudes e por sua terra, cair nos discursos de entreguistas da atualidade é triste. A educação do Rio Grande vai ladeira abaixo. O estado perde qualidade de vida, se encontra sem alternativas nos âmbitos educacionais e trabalhistas. Trabalhistas e educacionais. Uma das últimas é a venda por parte do governo golpista federal, que está tirando o polo naval da cidade de Rio Grande para mandar os negócios para China. O desemprego no estado assusta. E mais ainda assusta a não possibilidade de saída, pois a educação está sucateada.
O Rio Grande do Sul de Leonel Brizola, de Júlio de Castilhos, de Oswaldo Aranha, de Getúlio Vargas, de João Goulart, de Alceu Collares, de Olívio Dutra, de grande parte da vida de Dilma Rousseff, de brilhantes escritores brasileiros como Érico Veríssimo, Mário Quintana, Caio Fernando Abreu. O Rio Grande do Sul não pode aceitar a situação que lhe é imposta. Um governo do estado que aumenta impostos, que não tem saídas para as crises. E mais do que isso, que tem prazer em implementar essas chamadas crises para entregar os serviços públicos para as mãos do capital estrangeiro. Quer entregar as conquistas da companhia telefônica, da companhia elétrica, do tratamento da água. Não tem planejamento financeiro e segue a sucatear a educação, o berço de tantos nomes que moviam o estado como referência nas mais diversas lutas.
A garantia dos direitos da população está em jogo. Não se pode fugir da luta. É preciso conscientizar as pessoas próximas. É preciso reservar um tempo para conversar sobre. Conversar na internet, mas principalmente nas pequenas reuniões, nas praças, nos locais de trabalho, nas reuniões familiares. Mobilizar a juventude e passar adiante essa corrente. Os legados e as conquistas, as bandeiras de Leonel Brizola estão novamente ameaçadas. O estudante, a estudante, o trabalhador e a trabalhadora brasileiros são o coração, são fio condutor nesse país. Sem o espaço e as devidas atenções a eles, o futuro estará sempre nas mãos erradas do descomprometimento.
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