Uma sensação derrotista me invade. Li, há poucos dias, um texto de um sujeito com alguns problemas de ortografia e de invasões da crise existencial no cair das tardes de domingo. Eu, a um passo semelhante, sinto o aprochego dessa incômoda sensação no findar de uma segunda-feira.
"O que a traz ao meu encontro?". Prontamente, eu me questiono. Ter muito o que fazer e sem a mínima vontade de prosseguir nos afazeres me parece uma resposta simples e justa. Adiante, encarar a derrota momentânea na disputa entre o que eu quero fazer e o que eu tenho de fazer. Mas, o sentimento que era passageiro encontra apoios para prosseguir na sequência existencial.
Na sociedade em que nos encontramos, parece difícil driblar essa questão e, por vezes - muitas -, vejo-me cercado pelas paredes da rotina. Diversos artistas e filósofos já se confrontaram quanto a isso, mas a sensação é de atingir meus limites de paciência por agora, no exato momento em que dedilho estas presentes linhas.
Encarcerado entre os prazos de produção e dar respostas, encontro-me na saída de, primeiramente, desabafar o pequeno testamento, via em que os leitores trafegam com os olhos. Contra minha vontade, hei de prosseguir minhas tarefas.
Aos que por aqui deixam seu status de visita, peço-lhes desculpas, pois sinto um empobrecimento tremendo em assunto. Mas não seria essa a lógica produtivista na qual nos situamos? Produção, produção, prazo, prazo e pouco tempo a preencher com reflexões e sobre a lógica... do próprio sistema inserido para não refletirmos.
Peço perdão, portanto, pelo tempo de leitura e produção que minha escrita virtual os/me roubou. O sistema vai me/te castigar.
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