28/02/2025

Ah, Botafogo

Tem quem me acompanhe. Éramos tantos. Narradores, jornalistas, músicos, atores, torcedores. Não estou sozinho. Mas que impressionante e singular é a vida!

Tão rápida quanto a tua ascensão tão bela, jogadores fortes, promissores, ligados, ligando e dando liga. E agora um seguido clima de fim de festa. De fim de feira, de jardim mal cuidado. Todo o cuidado e o despertar apaixonante e reapaixonante viraram planta má podada, ervas daninhas crescentes, espaços de vácuo, de mau preenchimento. Ah, Botafogo. Restart na temporada que ainda era tempo de set fire. Reúna de novo a cachorrada. Era tempo de chegar-se o tempo, que não se vá o tempo. Esteja atento. Que vaciladas... Te amo e te quero e te assino sem mistério. Meu, seu, nosso amor, a tantos mãos, critérios. Nos leve a sério. Te desejamos. 

Por amor, nosso amor, por quantos forem os anos.

Samba do Sonho

Essa eu comecei a compor durante um sonho e foi pra ela que me desgraçou fim do ano. Parabéns 🥳🥳



Eu e você      Oceanos 

Eu e você hoje

Ou em onze anos

Gosto de te imaginar

Nossos planos

Contigo explorar

Todo este plano

Eu e você

Não subtraiamos 

Eu sem você 

Já sofro tanto

Você sem mim 

Queria fosse o fim

É só meu o pranto

Você e eu     eu disse Oceanos 

Não ofereça só lagoas 

Na minha cabeça

Tão belo soa 

Eu e vossa         sua pessoa

Nossa história

Notório incauto 

O que eu não te pauto 

Não é importante

Na minha estante

Sua sobrancelha 

Sobrevoa minha velha

Decaída 

Cilada, fim da vida

Minha alma desacolhida 

Entre eu e você 

Estados inteiros

E eu tenho estado

Puro desespero

Seu olhar

Meu cativeiro 

Não me livrei de ti

Foi-se o fevereiro

Me restrinja 

Já é meu enterro

Março eu faço 

Meu aconchego 

Vou dormir até o fim do ego

E me nego

A sonhar mais erros

23/02/2025

Fernet

Tomo um fernet

Esqueço você 

Lembro que você 

Nunca será

O que sou pra você 

Tomo um fernet

Inverto frases 

Invento frases 

Inferno! Frases

Incertas frases

Em certas frases

Frames e oásis 

Faith! Kamikazes 

Tomo um fernet

E a coca-cola 

E me decola 

E me descola 

E me patrola 

E acordo: olá 

E não estou de acordo

E não estou decoro 

Parlamentar 

Para alimentar no soro 

Case of sorrow 

Piscinas, cloro 

Claro que cloro 

Coro que cala 

Clara que atende 

Pára 

Ela e suas tatuagens 

Não lembro de alguém ter concordado 

Mas o corpo é dela

Alguém que fala 

Que legal, Clara 

Que legal que tal 

Que tara, essa eu achei mara 

Blablabla bala 

Não tomo 

Mas fernet e como 

Mas fernet é sumo 

Mas fernet nós somos 

Parceiros 

Por inteiro 

Ao outono 

Mas fernet é cult 

Mas fernet, vermuche 

Mas fernet fetiche 

Mas fernet so much 

Mas fernet mustache 

Mas fernet que taxem 

Vou ali, contraste 

Vou ali, que traste 

Vou ali a Melo 

Treinta y Tres también la quiero 

Vou ali, projeto

Vou ali direto 

Fernet tchererê 

Tchererê tchetchê

Vou ali sincero 

Vou ali : já era

Vou ali : espero

Vou ali : quimera 

Fernet pérola 

Fernet nas células 

Fernet mera

Fermentação 

Pois então 

To be continued 

Tomara contigo nua e

15/02/2025

Love on the run (1979)

Esse filme encerra os episódios da vida de Antoine Doinel, personagem mais marcante na cinematografia do diretor francês François Truffaut. Com direito a várias passagens dos filmes anteriores, temos explicações e conclusões sobre a vida do polêmico e artífice personagem: sua relação com diferentes mulheres, sua dificuldade em manter relacionamentos e também conclusões importantes vindas dela sobre o homem em questão.

Em um acerto mágico de Truffaut, a carreira de cinema com o jovem Jean Leaud foi promissora. Estreando criança no filme traduzido ao português como Os Incompreendidos (1958), um dos pilares da formação da Nouvelle Vague francesa, a vida do personagem percorreu adolescência, início da fase adulta até a fase com mais de 30 anos, com aprisionamento em reformatório, perda da mãe que possuía amantes, namoros breves, casamento com a violonista do filme Domicilio Conjugal - o qual escrevi sobre neste blog - o divórcio, a criação do pequeno Alfonse, filho de Antoine e o relacionamento de surgimento um tanto stalker com a bela Sabine, loira personagem central n encerramento dessa trajetória em Love on the Run, ou Amor em Fuga.

Em sinopses, Antoine é apresentado como ainda adolescente, mesmo passados seus 30 e poucos anos. Não resiste ao charme das mulheres, também não sabe como se comportar adquiridos os relacionamentos e, pai divorciado, tem pequenas contribuições diante do crescimento do cabeludinho Alfonse.

Jean Leaud mantém seu humor surpreendente, em que a parceria com Truffaut nos põe em dúvida o que são ideias de piadas bobas de um ou de outro. Verdade que funcionam ao gosto deste escriba, que se sente mais familiarizado ao estilo drama-comédia das narrativas. Antoine atua por trocadilhos, literalidades, ironias passageiras. Seu estilo leve, jovial, interessado ao encontrá-las mantém os interesses das parelhas. Mas seu desenrolar passadas essas fases é insuficiente, resultando em separações, irritações, ansiedades mal resolvidas.

A adoração de Truffaut por seu personagem (alter ego de Truffaut, dizem, e faz total sentido pela riqueza de detalhes) lhe reserva um final satisfatório. Gera polêmica de considerarmos, de julgarmos o quanto merecia. Mas, aliás, o final seria um final? A loira Sabine conheceria o pequeno Alfonse? Que sequência o casal teria juntos? Ele, entre aspas, cresceria finalmente em companhia desta terceira? São questionamentos possíveis.

O filme tem o gosto agridoce da comédia-dramática, em meio a situações que não mais existem na contemporaneidade. Antoine trabalhando em uma gráfica, a troca de fax. Os telefonemas públicos, em cabines em locais ou mesmo na rua, como no Brasil seriam os orelhões em oposição ou semelhança a Paris. A facilidade para traições era maior? Possivelmente. Antoine que tem ações duplas, que salta para trens em movimento mesmo sem a passagem comprada. Antoine que escreve seus livros biográficos, fingindo, mesmo mentindo ser ficção. Que reconta sua vida, mas tem incapacidades às vezes por transformá-las às medidas que melhor se adequaria.

Antoine que agrada e desagrada. Agridoce. Assim, entre levezas, belezas e angústias de pontas soltas mal resolvidas está a vida de Antoine Doinel contada, mostrada pelas lentes dos filmes de François Truffaut.


Cartaz brinca com a relação de Antoine com as mulheres que passaram por sua vida. A fotografia de Sabine em destaque, a loira misteriosa dessa última passagem entre os filmes. Love on the Run também traz vários flashbacks de filmes anteriores da vida de Antoine, desde os Incompreendidos, Beijos Roubados, Antoine e Colette (1962) e Domicílio Conjugal, demonstrando também a sorte e oportunismo de Truffaut em trabalhar com talentoso elenco em manutenção durante anos.


07/02/2025

Querido Menino x Noites Alienígenas

Assisti em sequência a dois filmes que permitem estabelecer essa relação para contá-los. Querido Menino (2018) é baseado em um livro de um jornalista e escritor, David Sheff, que conviveu com seu filho viciado em diferentes drogas, em especial metanfetamina. Durante o processo de tratamento, o escritor chega a pesquisar sobre as drogas para melhor entender sintomas, efeitos e tratamento.

Em Querido Menino, está exposto o problema agravante dos Estados Unidos com as drogas que circulam no país. Heroína, cocaína, balas. A mensagem final do filme é sobre essas drogas serem a principal causa de morte no país em pessoas com menos de 50 anos (maioria da população?). Números alarmantes. Histórias individualmente castigadoras a quem convive com. O pai fica arrasado. Uma cena que marcou bastante foi quando este mesmo pai, com mais dois filhos pequenos de seu segundo casamento, observa uma das crianças cantar no Coral da escola. O olhar profundamente amargurado parece se perguntar sobre os riscos da história se repetir. Ele criou estruturalmente sua família e seu primogênito acabou imerso nas drogas. Como garantir que os seguintes escapem dessas realidades?

Escapar da realidade, aliás, parece uma temática do filme. O que levaria o adolescente de classe média a buscar essas saídas para sentir novos prazeres, outras sensações? No filme não é mostrada muitas relações amistosas do jovem Nick. Nem a relação com traficantes, que apenas aparecem cena ou outra. Sabemos que o contexto do enfrentamento às drogas envolve muito as autoridades, corrupções, polícia, aeroportos, fronteiras terrestres, vistas grossas, políticas de combate. O foco do filme, entretanto, é o enfrentamento familiar, as tentativas de recuperação de Nick e os esforços do pai em adequar os tratamentos necessários, internações e o que mais for possível.

Estrutura que está presente na família de Nick e mesmo assim o combate é aguerrido, complicado. Vale salientar que as condições de internação e de rede de apoio não estão presentes para muitos norte-americanos que acabam nas ruas, largados em banheiros públicos e praças sem com que as prefeituras e instituições os recolham e cuidem. Contextos relativos.

Relativamente diferente é a realidade em Noites Alienígenas (2022), filme brasileiro do diretor e roteirista Sérgio de Carvalho. A Rio Branco do Acre é mostrada a muitos brasileiros pela primeira vez, ainda mais neste contexto. A ideia do filme é demonstrar como as facções migram do centro do país, entre Rio de Janeiro e São Paulo, para outros cantos brasileiros. Rio Branco não é uma cidade pequena, oferece mercado às vendas de drogas. Assim, muitos jovens, nessa distante realidade, adentram ao mundo de vendas, cobranças, dívidas e riscos. O viciado não tem como pagar. Os vendedores os eliminam. As facções rivais, na concorrência das vendas, se enfrentam. Estudos, planos de vestibular e emprego ficam em segundo ou terceiro plano.

Se em Querido Menino, o foco é na vida de Nick e nos esforços de seu pai, em Noites Alienígenas estão famílias mais desestruturadas e sem opções. Ou entra para esse mundo ou passa fome. Que outro emprego arrumar? Rivelino tem a mesma idade de Nick, talvez menos, está em idade de conclusão de escola, tem 17 anos, suposta namorada que já tem filho de um dos viciados. Rivelino trabalha com Alê, homem de meia idade que por vezes assume uma identidade como pai de Riva, mas entre afetos e desafetos. A mãe de Rivelino, chamada de Loira, ao que parece, não tem emprego e dependia do então pai de Rivelino. Drama familiar. O garoto vira o homem da casa, luta pelo sustento.

Enquanto isso, um viciado que convivia com Riva está em dívida com os traficantes, à beira da morte. Pronto para ser apagado. O filme, segundo alguns críticos, perde pé e cabeça ao longo do desenvolvimento, mas cumpre a mensagem de transmitir essa realidade. Para o sul do Brasil não é diferente. Gangues de fora tomam conta, lutam para expandir seus mercados e envolvem novas cidades em batalhas sangrentas do tráfico de drogas. Cansado de ver os números de mortes e chacinas saltarem, Sérgio de Carvalho prontificou esse importante filme. Há presença das religiões evangélicas que tomam a floresta e várias partes do país, os rituais indígenas, a realidade das ruas na frieza do asfalto que desemboca nas periferias.

Dois filmes que demonstram os problemas com drogas sob diferentes contextos. Na vida dos Estados Unidos e o desarranjo de uma família classe média, da vida de um jovem promissor que poderia escolher uma das seis faculdades para qual havia prestado teste e passado. Do outro lado, o rincão afastado do periférico Brasil do Acre. Um menino sem perspectivas de colocar comida na mesa se não depender das facções e da venda de drogas. O tudo ou nada. A ausência de escolha.

Quem realmente pode escolher, quem pode fazer diferente? O que fazem os governos para evitar a perdição dessas vidas tão jovens, sejam impulsionadas por companhias, música e fantasias de composição ou pela crua realidade da falta de opções empregatícias?




Sempre chega o momento de falar sobre. Ou talvez nunca chegue. 

Há palavras que chegam, que surgem do nada, como o vento. E às vezes é a eternidade.

05/02/2025

Mamma Roma (1962)

Filme de Paolo Pasolini 🇮🇹, Mamma Roma conta a história de uma mulher que trabalhou na prostituição no interior da Itália, juntou algum dinheiro para cuidar de seu filho, se transferindo à Roma, onde, ao que parece, também já havia feito carreira, e conseguiu comprar uma casa e administrar uma banca em feira local. Virou feirante e ainda completava renda com faxinas. Foi mãe e pai para o pequeno Ettore.

Crescido, jovem aos 17 para 18 anos, Ettore chega à Roma e começa a andar com outros jovens sem estudo e perspectiva. Vale a sempre válida lembrança dos tempos de Europa pós-guerra, onde nem tudo, ou na verdade quase nada eram flores. Ettore vagueia com os demais em uma formação entre o entretenimento e a formação delinquente. Conhece a amiga dos guris, chamada Bruna e logo se afeiçoam. Mas os demais não vão deixar barato para o caipira, como era reconhecido.

Ao mesmo tempo, a preocupada Mamma Roma tem de lidar com um velho caso da sua vila no interior. O rapaz, na época bem mais moço do que ela, a persegue em Roma, para cobrar como uma dívida, mas que se demonstra algo moral posteriormente, como se a então prostituta tivesse imoralizado o cidadão de bem. Ao mesmo tempo, Ettore desconhece o passado mais conturbado de sua mãe, acreditando que sua renda sempre era proveniente da feira, da faxina ou de outros serviços considerados honestos pela sociedade fofoqueira.

Ettore se apaixona por Bruna e a notícia chega aos ouvidos de Mamma Roma. Preocupada com a repetição caótica do que ocorreu em sua vida, ela arma um plano com uma amiga mais nova, para que ela seduzia o jovem Ettore, o que estava no papo para sedutora amiga. Sem saber, o cômico é que uma briga entre os guris já havia determinado um distanciamento, uma separação de Bruna com Ettore. Desconhecedora do desentrelace entre os jovens, Mamma Roma insiste em seu plano e crê que nele obteve êxito com a colega da noite. Ettore assim estaria curado da paixão pela andarilha Bruna, que, por acaso, também tinha um filho pequeno, em coincidências com a vida da então jovem Mamma Roma.

A construção do filme se dá entre a personagem Mamma Roma que tenta deixar para trás a vida errante e da construção do jovem Ettore, em que não teve formação escolar, tem dificuldade de opções de emprego e acaba caindo na vida de pequenos furtos e delitos. O desespero de uma mãe que só queria o bem para seu filho, mas não tinha muitos métodos nem ideias de como atingir seus objetivos.

Temáticas comuns para época do cinema italiano, em mais uma grande obra clássica. A rebeldia da juventude, os valores sociais contestados, o preconceito que atravessa de passado a presentes, o desespero de famílias capengas e desunidas, a falta de perspectiva das periferias. Tudo isso pode ser observado na hora e quarenta e dois minutos do filme Mamma Roma. 

Nota final em 4,5 / 5.



04/02/2025

Aquarelar as coisas

Sempre gostei de aquarelar as coisas. Fazer literatura como relatórios e fazer relatórios como literatura, o que desagrada muita gente, mas eu não ligo.

Acredito que as criações de verdade sempre fugiram dos rótulos, com certa liberdade. As rotulações e classificações são posteriores, ocupações a quem não criou, não tem mais o que fazer ou simplesmente precisa planilhar, organizar o mundo em que vive - ok, em algum grau, todos nós.

Aquarelar são fusões. Misturas de cores. Misturas de gêneros, tão necessárias na evolução da música, da literatura, até da ciência e da vida humana. Fusão da filosofia que busca avançar conhecimentos.

O binarismo, os conceitos exatos podem ser muito importantes para o desenvolvimento de tantas áreas e tão prejudiciais para tantas outras de nossas naturezas humanas.

O que esperar do futebol

Durante 2023, o que mais queria em todo o mundo seria o Botafogo ser campeão brasileiro. E até pensei que esse título com meu pai seria a última coisa que eu gostaria de ter na vida. E o título não veio e eu pensava seriamente em me matar. Mas não me matei e o projeto do Botafogo retomou um rumo. Venceu não só o Brasileiro após 29 anos, mas conquistou a Libertadores da América, onde estive em Buenos Aires. E nada poderia ser maior na minha vida de entusiasta torcedor. Depois veio o fracasso no Mundial de Clubes sem direito à preparação, em uma das maiores palhaçadas já vistas. E a derrota agora na Supercopa do Brasil para o maior rival, um vice como em 1992 no Brasileiro ou os tantos vices cariocas para os desgraçados, que, a título de alfinete, levaram 6x1 no agregado do Campeonato Brasileiro 2024.

Vistos e comemorados os títulos, novas derrotas aos montes por vir, talvez algumas vitórias, o que mais esperar da vida? Hercílio Luz está muito mais próximo de não existir do que de uma conquista que relembre o bicampeonato estadual dos anos 1950. Deve ser rebaixado e minimizado a uma insignificância que ainda não havia experimentado presencialmente com ele.

Liverpool talvez volte a ganhar um Campeonato Inglês - e dessa vez com público - após 35 anos. Venceu o Inglês apenas em 2020 quando o desfecho foi sem público devido à pandemia de Covid. Então os últimos títulos ingleses dos Reds foram em 1990, 2020 e tentando a sua segunda conquista de Premier League em 2025. Muito pouco após as sequências vencedoras da cidade de Manchester e alguma graça dos londrinos Chelsea e Arsenal. Até o Leicester, brigando contra nova queda, foi campeão ali por 2015 ou 2016, não recordo.

Liverpool vencer o Inglês dessa forma encerraria um ciclo de vitórias que era conduzido pelo alemão Jurgen Klopp com Campeonato Europeu, Mundial de Clubes inédito ao Liverpool, Supercopas, duas Copas da Liga Inglesa e uma Copa da Inglaterra. Falta mais um título inglês para igualar o Manchester United e encerrar esse ciclo de diferentes conquistas por Inglaterra e planeta. E o quê depois?

Do Grêmio espero tão pouco. Quase nada. Começou bem com Gustavo Quinteros de treinador, mas se perder a histórica sequência estadual, será fritado por muitos, contra tantas instituições e arbitragens contra. O Grêmio talvez faça mais umas graças, é imprevisível, já se destacou nacionalmente e continentalmente quando poucos esperavam tanto. No estado, batalha para igualar o número de Campeonatos Gaúchos do Inter. E Gre-Nal nunca terá mais do que o rival. Ao que se tem visto, nem em títulos de base ou feminino, o que demonstra descompromisso com a história e certa pobreza na alma que uns tanto enaltecem castelhana.

O que ainda espero da vida e do futebol? Refém de conquistas recentes, alguma sede ao pote, mas o que mais? A queda do idealismo ao niilismo é sempre vertiginosa.