As ruas no inverno enrugadas
E as folhas desfraldadas
Pelas calçadas
E os esgotos na cidade ninguém conserta
E pelas ruas um carro não dá a seta
E a cidade assim tão deserta
A umidade, a pista molhada
As dunas crescem sem adversário
A fauna hiberna escondida
Só surgirá quando estiver esquecida
Dias cinzas, guarda-chuvas duplos
A tarde vai vestida de luto
Amiga é um café, um café, um suco
A marca da roupa, o preço, insulto
As marquises, guarda-chuvas, tumulto
No inverno quase zero movimento
Ruas vão mal iluminadas
Asfalto esburacou pro porto
Lá é caminhão a torto e a direito
Containers contém os IOS
A preços que o pobre não merece
Que o rico taxa
Não paga e se esquece
As ondas da maré que abocanha
A duna que é o abrigo dazaranha
O som que não falha hasta mañana
O som que não falha hasta mañana
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