21/11/2016

Pare, Ser do Parecer

São muitos pontos, claro que são. Um(ns) deles é (são) como vamos lidar com esse jogo na sala de espelhos e outras margens. É sobre meu grau de insatisfação e de insaciabilidade. Creio que muitas causas dos problemas na mente dos jovens estão na forma a que estamos submetidos aos campos de inveja, principalmente nas redes sociais online. As redes sociais são o diferencial, por exemplo, entre nossa geração e a de nossos pais ou avós.

Estamos acompanhando pelas redes sociais, pessoas que caminhavam ao nosso lado, com a mesma idade ou não, e nos ultrapassaram em alguns pontos. As que ficaram para trás ou os pontos em que as que se parecem à frente não são mostrados. O filtro das redes sociais brota SÓ coisas positivas por todos os lados. Dificilmente com exposições negativas sobre os envolvidos. Sabendo dos nossos pontos positivos e negativos em vida, nos parece que a grama do vizinho está sempre mais verde. A inveja se contamina inevitável e nos prorroga períodos ruins. Mais me sinto preso a alguns campos do que realmente em motiva+ação para mudar e seguir meu próprio caminho, por mais distinto de percurso ou objetivo final que o caminho dos demais.

Talvez uma forma de reduzir esse sentimento angustiado em acúmulo seja valorizar mais nossas conquistas. Pode ser as pequenas no dia a dia. Manter-se próximo de pessoas que te querem e te fazem bem em detrimento do tempo passado num mar de conhecidos desconhecidos virtualmente também pode ajudar e muito. Apesar do nome "amigo" na rede social, ainda se contam nos dedos os dignos deste substantivo tão especial.

Dessa forma, devemos contar realmente com eles, os mais próximos, os que mais podemos confiar. Dividirmos e compartimos nossas alegrias diárias e acompanhar felizes por eles também. O ritmo de vida anda muito acelerado, não tenho dúvidas. Ficamos para trás em alguns aspectos, abrimos mão de algumas coisas e tentamos desfrutar de outras. O mundo nos apresenta várias opções, tentações, soluções curtas ou não aprofundadas. É preciso, sobretudo, entender que não se alcançará tudo. Não se abraçará o mundo. É duro. É duro para mim próprio escrever essas últimas linhas, pois não raramente tentei mais do que poderia acompanhar. Seja pelas minhas incapacidades, limites das ocasiões ou as mais diversas incompetências. Porém, não desistamos. Focados, blindados contra outras tentações e na busca das melhores companhias possíveis. Vivamos.

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