O que farei da minha vida?
Agora estou à deriva
Não sei mais o que sirva
Mas sei o que não vai caber
Escrever mais umas linhas
Enquanto houver-me tinta
No pincel disposição
Páginas, telas em branco
Nos convidam um tanto
Para uma opinião
O que farei da minha vida?
A ferida tão aberta
Faz perder outras metas
Que não sejam fechar
As malas e as maletas
Pra de novo viajar
Entre a ida e a vinda
Se vai ou se fica
E mesmo parado
Poder tropeçar
Pra onde irem os passos?
O que faço da minha vida?
Não se resolve com laços
Na berlinda, o fracasso
Um talagaço
Para cada noite vinda
Para cada noite finda
O dia vem no cansaço
O que faço da minha vida?
Pra onde irem os passos?
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