A esponja cada vez mais gélida no banho
As mantas sobrepostas provocam vampiros
O intervalo entre os espirros é menor
Com o barulho do zíper me arranho
A substituição nos armários é forçada para uns
Para outros, prazerosa
Petrificam as atividades de uns
Outros descongelam prosa
As camadas de lã escondem um coração
Sitiado só de roupa
Tímido como as flores da estação
Resistente como poucas
A bebida desce mais forte e mais quente
Arrasando e com razão
Ao ataque do conhaque
Em defesa do pulmão
Quando inverna nas veredas
É quase beco sem saída
Meu coração só hiberna
Ao invés de abrir ferida
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