Para mim, não rir de si mesmo é o escárnio, a involução, a falta de humor do ser humano. Rir de si mesmo é uma virtude humana sobre as obras da natureza. É a concepção da graça, a divisão mor perante a sociedade. É não levar a vida tão a sério. É oportunizar o banquete do riso alheio em divisória.
Não rir de si mesmo é se colocar em um local de privilégio inexistente. É psicopatia. É achar que a fanfarronice sempre virá de outro. É ao mesmo tempo se colocar em um pedestal e se diminuir na obtenção de graça. Somos produtores de nosso próprio humor e o dividimos. Acolhemos.
O bom senso é o senso de humor, é ver-se no espelho e aceitar o que deve ser aceito - que não se aceite tantos outros aspectos se não os queira. Liberdade.
Mas rir de si mesmo é importância absoluta. É antecipar o chiste, a piada. É ataque e defesa. É proteção e são boas energias. São vibrações necessárias ao equilíbrio universal. E se não o são é porque estou inventando para deliberar mais vantagens. Delírios líricos.
Às vezes se pode perder a pessoa e não a piada. Espero muito da piada. Das pessoas espero muito pouco, que perdoem minha descrença. A piada virá em sua direção inevitavelmente, muitas vezes é possível antecipá-la. Escudo e molde. Projetar a forma. Riso controlado. Ou descontrolado.
Não sei se o humor é o melhor remédio como projeta o dito popular. Mas me falta opção melhor para contrariar a hipótese e finalizar esse texto. O humor ao menos é vitamina, é a D que o sol oferece, é sangue pelas veias, é uma fonte inesgotável que deve ser bem utilizada. Refrescar-se.
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