26/12/2021

Breve reflexão defronte o mar

Eu que sempre desejo o melhor para meus pais, eles que sempre se dedicam com exatidão, retidão e perseverança em praticar o bom convívio comunitário. Mas, do alto de um apartamento de frente para a bela e melhor vista do mar, me sinto também culpado em dispor desse alívio. Observo as famílias que vêm, estacionam seus carros e mais tarde vão-se embora. Seja lá onde moram. As tantas pessoas evidentemente gostariam da vista que tenho. E não as posso oferecer. Agradeço por meus pais que ora têm. Lamento por tantos não a terem. Lutamos sempre contra a intranquilidade. Quando pareço atingi-la, logo me percorre novo desassossego. É a constância no fluxo da vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário