11/09/2017

Riding The Bus With Myself

Preguiça de começar o texto. Quem nunca? Quem sempre? Quem de vez em quando? Sim, sim, de vez em quando. Vida dividida em blocos. Hora da reunião atual com os tutores, como ocorreu para Beth no livro No Ônibus com Minha Irmã (Riding The Bus With My Sister, da escritora Rachel Simon). Prognóstico, crescimentos, evoluções, involuções? Metas, estimativas, onde estou, como estou e pegando o ônibus para onde?

Foi uma transição entre os aniversários interessante. Bom contar com essa palavra - interessante. Gosto de ter o que contar. Mesmo nas quedas das cascatas da rotina surgem casos, há análises, há sentimentos, há o que contar. Há menu. Há escolhas. Há plantações e colhas.

Estou mais presente no rádio. Tenho assumido a narração dos jogos na Federal. Minha parte técnica tão deficitária contou com alguns aprendizados. Participo quase que diariamente na Rádio Cultura com informações do literal mundo dos esportes e com opiniões transmitidas nas terças, por minha escolha. O ano dos times pelotenses não é o que se chama agradável. Pelotas e Farroupilha bastante abaixo.

O Grêmio trouxe a Copa do Brasil no final de 2016 para dias marcantes na minha vida. Sonho repetir esses grandes momentos de euforia. Por causa disso, trago lembranças inesquecíveis. Trago histórias. Escrevi dois livros. Um a ser chamado de TCC, mas que consideraria a leitura interessante [olha ela aí, a palavra] para todos que acompanham futebol. É muita gente, né? Bom pedaço do mundo.

Mundo. É, tenho me inserido menos nos velhos sonhos de grandes transformações sociais. Tenho focado mais na minha vida, embora tenha parado completamente com os tratamentos psicológicos. Continuo me monitorando. A política atual ajuda na desilusão de coisas maiores. Mas tenho procurado me virar e projetar algo profissionalmente, mesmo devagar, compreendo.

Devo nada a alguém. Meu déficit familiar pela criação a que tive oportunidade e espero dar algumas respostas, embora tantas dificuldades com a exaustão que a maioria dos encontros sociais me causam. Com os percalços em driblar minhas limitações. Vamos tentar ser melhores no próximo bloco. A seguir, virando a esquina, folhando a página, raiando o sol, atravessando o rio, devorando o asfalto, caminhando sobre folhas mortas, olhando para os lados, para não ser atropelado.

A cidade piorou mais do que eu imaginaria. Eu melhorei menos do que eu queria. A escrita vem comigo. Li mais do que em todos os outros anos. E sigo a ler. Grandes autores, para entender um pouco de seus mundos, seus contextos, suas deixas, suas pistas, suas pegadas. Interpretando atravessado pela minha posição nisso tudo. Geográfica, criação, filosófica, cotidiano de troca de experiências. Sigamos! Ciganos? Se enganos? Sigamos. (...)

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