24/01/2016

Vegetando Cólera

Os ponteiros do relógio caminham para o meio
Eu tomo o trajeto inverso rumo à solidão
Eu não fico alheio ao sofrimento alheio
Meu sofrimento é uma bola de neve em evolução

Faz frio, aqui dentro neva e ninguém verá
Nem o verão
Contos tardios despencam como as folhas do outono
Carneiros saltam a cerca na migração do sono

Lave as mãos e o rosto e tente sorrir
Na frente do espelho
Com os olhos mais vermelhos
Do que o coração
Com a cólera que brota em ti
Como vegetação

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