Gilmar foi o cara na Boca do Lobo. |
Jogo de ida da semifinal da Copa Ivânio Branco de Araújo, a Sul-Fronteira. A Boca do Lobo em Pelotas como casa ao mandante São Paulo, da cidade ao lado, Rio Grande. Quem viajou mais para ocupar o cargo de visitante é o Lajeadense, o trem azul do segundo semestre.
Sem o estádio Aldo Dapuzzo, a missão do Leão da linha do parque era ainda mais difícil. Sem desistir, a Mancha Rubro-Verde esteve presente com suas faixas e o repertório completo das torcidas organizadas. Instalada devidamente na arquibancada da avenida Bento Gonçalves, apoiou firmemente nos primeiros instantes.
Com a esfera de couro rolando, não demorou para o indigesto convidado aprontar, como tem sido costume. Aos 7 minutos, cruzamento da esquerda de Goiano, o goleiro Diego não achou e Gilmar completou para os barbantes. 1 a 0 para o Lajeadense. Momento triste na jogada foi a queda do goleirão do São Paulo, que acabou encaminhado ao hospital com uma lesão no ombro. Ambulância afuera do estádio e resolvemos deixar o campo também e escalar os degraus da Boca do Lobo, para fugir da possível chuva. Chuva que enganou e não quis aparecer na tarde nublada.
Com o retorno da essencial peça de segurança do espetáculo, retorno também ao jogo, com o São Paulo com seu goleiro reserva, Vagner. O gol de empate do Leão veio somente no fim da etapa inicial. Em cruzamento para área, Guilherme foi derrubado ESCANDALOSAMENTE. O juizão atendeu. Tiago Rodrigues cobrou firme e igualou a peleia: 1 a 1. E foi só antes do tio apitar pela primeira metade concluída.
Com o segundo tempo em recomeço, o São Paulo tentou investir mais, porém deixando espaços à cruel dupla de ataque. Gilmar e Paulo Josué, de entrosamento até como combinação sertaneja. E aos 12 minutos nasceu mais um apronto dos avançados de Luiz Carlos Winck. Após escanteio, Paulo Josué cabeceou para frente, correu para completar o drible no marcador e chutou rasteiro, escolhendo o canto. Bucha! 2 a 1 para o Lajeadense e comemoração em conjunto com os reservas que aqueciam próximo à pintura.
Ao São Paulo, o prejuízo era gigantesco com os gols sofridos "em casa". Vagner ainda salvava o possível e até em algumas causas que pareciam impossíveis. Na frente, partida pouco inspirada de Dudu Mandai, o homem da classificação e procurador ainda em vão do talismã Suárez, o cão que o mordeu no último jogo. Sem mordida e sem grandes mudanças na busca pelo empate parte 2.
E na administração do placar, o Lajeadense aproveitou o fim de semana dos mortos para mais um sepultamento. Um brinde ao bom futebol dos laterais de um time treinado por um brilhante ex-jogador da posição. Agora foi da direita. Thiago Machado colocou no centro, o zagueiro do São Paulo foi traído pelo quique da bola e deixou-a sobrar nos pés de quem sabe o que faz. Gilmar ajeitou e chutou entre as pernas do goleiro Vagner para selar o placar. 3 a 1 para o Lajeadense.
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