24/11/2019

folhas de almaço

morro humano a cada dia
fica o artista
a cada transa a poesia erótica
me cresce e me brota
como os membros, tuas fronhas
me sufoca
devaneios, o que se sonha
me sufoca
me conjunta e me une
a ilhota
me mantém vivo, mil antídotos
para a carne antes morta
mezanino onde flutuo
mientras uma juventude senil
entra aqui ou me abre
tua porta
braços, mãos e maços
folhas de almaço
preenchimento poliglota
je parti e tois aussi
foi-se a frota
a espera é um porto
a vida vai e o vento sopra

Nenhum comentário:

Postar um comentário